sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Memórias De Um Viajante.

"Há sangue por toda minha mesa.
 Não sangue de vingança nem de morte fétida,
 Só o sangue do meu coração,
 Que uso como tinta
 Para contar-lhe meus anseios
 De um continente através do seu.

 Hão facas de prata na minha mesa.
 Não as que uso para apunhalar mercadores do norte,
 Só as que gasto em devaneios
 Escrevendo seu nome em minha mobília.

 Há neve no mundo lá fora
 E o fogo da lareira conversa com meu corpo,
 Aquecendo.
 E com meu espírito,
 Acalmando.

 A nevasca acalma e lucida o espírito,
 Assim como incendeia a pressa.
 Pressa que dizem ser inimiga da perfeição,
 Faz-me buscar o que não possui falha alguma.
 Sou perfeccionista por amar-te.

 O dia recomeça coberto de branco na paisagem.
 Mais um sol que vem ser paciente ao descongelar do horizonte,
 Às vozes que cantam sua ascensão diária,
 Aos túmulos que jazem as memórias dos caídos.
 A todos lamento.
 Abraço minha espada e retomo a caminhada,
 Rumo à direção que sua marca me orientar."



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