quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Diário Do Solitário.

"Acordar .Desafogar dos pesadelos constantes.
  Sol vazio e cheio de energia vazia ilumina todo o meu dia, mas o passo nas sombra e na penumbra,caçando minha sobrevivência crepitante.
  Como coisas mortas para sugar a suas vidas e aliviar minha gula bestificada. Bestificada e selvagem pela vida solitária que amargo.
  Floresta para a esquerda, deserto para a direita, e mar bem a minha frente. Mar que me libertaria, porém só me aprisiona em cárcere diferente.O mar esconde segredos.
  Nada a fazer, e como um garoto, pulo em lago raso que faz-se ouvir o ecoar do barulho de mergulho.Várias e várias vezes o mesmo barulho.Ninguém capta.Não há ninguém em lugar algum.
  A noite beija o horizonte e os invejo pelo crepúsculo erguido da demonstração de amor.
Trancafiado pela vontade de ter liberdade, então ergo uma moradia pomposa. Bibliotecas enormes,com livros em branco,e outros com diários ocos dos meus dias vazios.Falta algo que ainda não tive,se ao menos sei o que é possuir.
  Não durmo no limiar da noite, mas não pelos gritos e grasnidos de demônios que vivem a circular a casa, objetivos em matar; não durmo realmente pelos demônios que sussurram à esquerda do meu peito e são objetivos em dominar.Eles estão em todo lugar,protegendo um segredo.
  Dormir. Desafogar dos pesadelos ligeiros.
  Neve. Fria e branca que desliza suavemente pelo meu rosto, e me proporciona a noção em cor do meu objeto de ausência. Saudades é grafia do meu desespero,que jamais se valeu de algo para guardar eternamente para si. E guardaria somente na memória.Teria o meu segredo, no qual o mundo inteiro seria alheio e sentiria a mesma inveja que sinto dele pelos seus segredos infinitos.
  A sobrevivência só é interrompida pela falta de vontade de viver ou pela morte.E sendo assim, lutei com valentia,até quando os chacais do deserto me emboscam e não hesitam em me devorar.
  Morrer. Dar inícios e fim aos verdadeiros pesadelos."
 

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