terça-feira, 21 de maio de 2013

Sombras no Sol.

" A princípio da ascensão diária das trevas ,que ocorre todos os dias; milhares de vozes se calam e de almas sossegam em todo o mundo. Obviamente essas trevas que libertam o teor dos sonhos mais íntimos, também libertam os terrores aprisionados nos corações.Esse é o caso de Alessandro.
  Numa destas belas noites qualquer, podia-se observar a da janela da casa do jovem Alessandro sua mãe preparando-o para dormir.Tenho medo da noite,dizia ele.A mãe apenas sorriu ,deu-lhe um beijo de boa noite e despediu-se,levando a luz do quarto consigo.
  Passada a primeira hora,o garoto atolado em seus mais temerosos devaneios quando viu passar pela janela um vulto de origem duvidosa.Certamente que Alessandro fora consumido por uma enxurrada de medo,mas que logo sanou-se ao avistar uma árvore com galhos que dançavam ao vento.
  Na segunda hora,ela ainda não havia alcançado o estado de sono ,devido às suas psicoses noturnas; que acabavam de ser reforçadas ao reparar um par de olhos fixos observando pelo canto escuro da sala...Queria correr para fechar a porta,mas só fez se esconder-se sob suas cobertas,e quando as ergues novamente,a sinistra imagem já não estava lá...Então praguejou em silêncio por suas ilusões noturnas e falta de sono.
  Alcançando a marca da terceira hora, já havia dormido desde o último susto,quando acordou de súbito com a sensação de algo por trás...Virou-se lentamente,com as batidas cardíacas contrastando com a calma do momento e no ponto que lançava seus olhos à figura...Aliviou-se,era sua mãe.Mas por que vestida em uma capa àquela hora ? Retomou suas expectativas de alerta e sentiu o sangue esfriar quando viu uma lâmina brilhante nas mãos dela e seu rosto semi tapado por uma capuz escorria lágrimas...Não de tristeza...De arrependimento.
  Um "me perdoe" ecoou lânguido dos lábios dela antes que enterrasse sua faca fria no peito da criança,que não gritou,não suspirou,não falou.Só sentiu o terror frio.

sábado, 18 de maio de 2013

Ode.


  Sinceramente, o que devo eu dizer ?
Não conheço os luxos da beleza grega,e quem dera ter nascido virado ao mar Egeu.
Nunca sequer sonhei com as formas das musas,e me inspirei ensandecido em seus caprichos...
Realmente nunca vi nada disso...Mas já vi-te , minha bela.

Já acompanhei tuas suaves formas da face desenharem um sorriso tão arrebatador , e me entreguei à surdina da sua vontade.
Mal soubeste você que desenho uma Deusa,e talvez a seja; fingindo em segredo que cada estrela no céu se desespera para aparecer como companhia do seu caminhar, e quando você sorri à elas dá-lhes a esperança de um dia agradá-la.
Que sejam pilhas da minha tolice...
...Mas é assim que te vejo.