"Eu tenho um palpite
Eu tenho um palpite
Eu tenho um palpite
Eu tenho um palpite.
Não.
É quase tudo que me sai à cabeça,
Quando o bauzinho faz os sons graves
Virarem , no ar, signos misteriosos,
Ou ostenta , de próprio significado
Um ainda mais misterioso signo :
Um sorriso.
O bauzinho se deixa levar pelo embalo saboroso
Da noite de festa,
Mas sou , de fundo orgulho,
O conhecedor primo dos seus segredos.
Segredos esses que atraíram um certo
Curioso
A fuçar-te as dobradiças
Atrás das respostas às próprias inquietações da vida
Dentro de um bauzinho
Sem tranca,
Mas com singular fecho.
Não tenho sua chave,
Não o controlo,
Mas torno um prazer da vida
Fazer o bauzinho gargalhar,
Para que seu interior eu veja.
Não é tão raso quanto o mesmo se imagina,
Guarda em si profundas
Forças,
Fraquezas,
E um mundo tão em si
Que não vejo o Baú como uma coisa,
Mas
Sim
Algo em si,
Que sempre guarda o mais essencial caráter humano,
E que não pode ser apenas a caixa de Pandora,
Mas a própria Pandora :
Única,
Primeira,
Magnífica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário