quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Noite de Halloween.

"Qualquer lugar, quaisquer pessoa e uma teimosia. Elementos indispensáveis para se rechear uma noite de Halloween. Porém existem algumas brechas que fogem à regra e são antes de arrepiantes,perturbadoras."
  Pedir doces era comum em uma cidadezinha americana qualquer, e as tradições eram aquecidas com carinho e dedicação por ali.As crianças se vestiam de monstros e os adultos davam os doces com sorriso enorme quase encaixado no rosto.Tudo extremamente normal.
  Uma fatídica noite dessas e um garoto teve sua cabeça decepada sem o menor escrúpulo e jogada no meio da rua, naturalmente.A cabeça ainda estava com o capacete de abóbora e o sangue tingiu a rua e acentuou a cor da fantasia. Ao mesmo tempo podia ver-se uma mulher sendo queimada com gritos longos e dor insuportável só de ser assistida, e três mascarados supervisionavam a cena como se fosse um trabalho rotineiro. Um homem murmurava códigos estranhos em uma língua profana só de ser lançada ao ar livre.O barulho podia ser ouvido se chegasse perto de seu porão,e poderia ver-se pessoas se enforcarem nas árvores atrás da casa.
  Sem tomar conhecimento de um futuro destino, um viajante passava por ali ao ver alguns sinais de festejo e decidiu aventurar-se na cidadezinha.Luzes altas e alguns sorrisos alcançaram sua visão e reconfortaram sua cabeça de sua longa viagem,que vai acabar aqui.
  Andou pedindo educadamente algumas informações,mas fora ignorado veemente por qualquer um.Depois de um tempo sentia algo estranho por ali.Talvez fossem os mascarados que pareciam segui-lo desde que entrou la.Tentou despista-los e ir embora,e quando conseguiu,não encontrava a rua que dava acesso à saída da cidade.Ela parecia maior do que era na entrada.As luzes começaram a ser apagadas rapidamente e já não via-se mais crianças na rua.Uma sirene, simbólica e que fez o viajante suar e ter o coração disparado.Manteve-se calmo mas a sirene era ensurdecedora e não o permitia organizar as ideias.Começou a andar sem rumo e quis chegar a qualquer lugar que não fosse ali.
  Quando estava caminhando,olhava para todos os lados,pois haviam passos impressos em som e vultos leves.O suor começava a ficar mais intenso.
  Homens de preto a com máscaras,centenas deles apareciam de não se sabe aonde e paravam no momento em que miravam o viajante. Paravam e encaravam.Começaram a cantar música desordenada em língua estranha em fileiras que permitiam a passagem dele.Olhou um sujeito a ser esfaqueado a multidão se abriu para que visse o cadáver.Era ele.
  Virou-se para fugir,mas lá estava um homem com cabeça de bode que disse uma frase confusa que só pode ser ouvido um "voltar".
 Acordou do pesadelo em sua cama,e ficou satisfeito.Olhou para o relógio digital e viu um medalhão com um bode.Viu na extensão do quarto um homem mascarado o observando.Caminhou até a janela e atirou-se,iniciando o dia de Halloween."
 

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