"Os pequenos intervalos das sinapses nervosas que carregam amargura e tristeza se estenderam à minha volta.Tocar o infinito com a ponta refinada do dedo arremata a ganância volúpia de garras e chifres que rosna em língua morta.
Senti tudo nas extensões da minha pele.
E agora volto para casa.
A fachada continua corroída com ação do tempo,e que maravilhoso: Ainda ouço o coro dos mortos.
Gemido de anos de ruína e confinamento do lado de dentro do desespero.
Salão vazio e regido por poeira.
E a pior parte vem agora, enquanto me apoio no canto de uma escada quebrada e torta e chicoteio minha dissipada felicidade usando memórias e saudades.
Hão espíritos a vagar em meus cômodos e sussurrar meus pecados e tormentas íntimas em tons baixos e vozes roucas.
Deitado a horas e cada vez mais afundado em breu de pensamentos e devaneios tangíveis, acendo velas para não ser engolido pelas trevas da manhã.
Perdido em frustrações e apunhalando a esperança, me viro à janela e sinto o calor que salvará minha alma.
É o seu rosto angelical."
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