sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Parasitas.

"Correndo,bem mais depressa do que se deseja.O mundo corre assim. Ganância não é um via de expressão do desejo nem uma libido que se corresponde com a matéria morta. Não basta ter, o necessário é sofrer para ter o que torna tudo mais saboroso.
  Olhos que falam muito se cegam e se fecham com uma facada. Na lâmina está a impessoalidade e a mão do cabo é o extremo de quem ama sem pudor de perfurar os rins de seu Amor.
  O Amor já está quase decomposto e com sinais de estupros recentes.Ele se levanta,desmontado e corrompe o ar com pragas sem rumo,mas faz uma acertar, e é cantada na língua que só a Vingança conhece e sabe ouvir.Vingança tem boa memória aliás.
  Mesmo sem forças ainda me arrasto de encontro a meus vícios e ons enfrento como quero ser livre para enfrentar o mundo.E então sinto o verme parasita mais voraz, a luxúria.Ela me consome e me faz consumir  ao que transcede a meu corpo,de maneira específica e desregulada.Me ensandece e aguça meus sentidos em torno do meu objetivo carnal.As rédeas do controle estão na mão de uma natureza que briga com o destino pela posse dos seres que sentem,são esses que realmente veem o mundo e modelam à sua maneira.
  Modelaria eu como deveria,mas os parasitam me drenam o sangue."

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