" Eu que tanto rezei para que o verão se mostrasse de vez, implacável e saborosamente quente; este mesmo eu já não suporta mais as gotas de chuva surrando a janela,e nela repousando esmagadas; escorrendo bem devagar.
Nenhum sinal de vida humana lá fora, mas ruas estão repletas de espectros silenciosos e invisíveis, sempre destacando-se um grupo pequeno, esperando alguma vítima, para cortá-la com uma espada de frio,envolvê-la em uma capa de medo e atingi-la com setas de desespero arisco e frenético .Trabalho este, um tanto fácil para os espectros de medo, visto que os tempos são de violência e ostracismo domiciliar, ninguém mais se cumprimenta,se abraça, ou até mesmo tem uma agradável troca de ideias pela manhã; só temos chuva, mortes e fantasmas.
Todas as noites,sento-me junto à janela e fico à espreita desses famigerados espectros, enquanto a chuva faz sua irritante e suave sinfonia. E foi em uma dessas noites, que vi os tais Cães Do Inferno ( passei a chamar assim os espectros, porque são três, como as cabeças do Cérbero ) atacando, um tal evento que é deveras raro de ser presenciado, pelo pequeno número de pessoas que saem à noite, com medo de ter medo.Sobre a cena que ocorreu, a visão inicialmente me chocou, pois eles não cercaram a vitima,como fazem usualmente, o que fizeram foi...
Bem, vou terminar por aqui, eles estão atrás de mim "
Esse diário foi achado junto ao corpo dilacerado da moça, e embaixo do relato estava escritos com seus sangue :
CURIOSA
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