"Simplicidade.
As pesadas indústrias avançam em staccato , rumando ao dinheiro e ao progresso; avançando cada passo por cima de suaves colinas que já serviram de santuário para o sossego de corações irrompidos na tempestade.
Respiração.
Uma brisa do agosto italiano, carregando aromas distintos das árvore e vozes que cantam em tom terno e ritmizam as pulsações das veias.
Futuro.
O toque macio e cauteloso da grama se delonga às espirais dos pensamentos confusos e o silêncio que se instalara no ar torna as sensações mais nítidas, isso faz com que construamos uma singela ponte para o caminhar gracioso do sonho e que se tenha um fervoroso desejo por sol."
sexta-feira, 26 de julho de 2013
segunda-feira, 22 de julho de 2013
O Leviatã.
"A Lenda do mar, cantada por muitos séculos em bares e ruas de cidades litorâneas da Irlanda, Inglaterra e até nas terras da América ; é uma história que prende e arrebata a atenção de crianças e ouvintes corriqueiros, mas provoca frio na espinha de qualquer trabalhador de navio pesqueiro e baleeiro, isso porque a lenda já foi vista por esse homens.
Essa lenda é o poderoso Leviatã.
O Leviatã ;dizem ser uma fera demoníaca em forma de baleia,que vira os navios e atrai os horrores do mar para perto dos que sobrevivem à queda, e persegue-os até não poderem mais nadar e se entregarem a uma morte agonizante.
No meio de uma dessas conversas animadas de um certo restaurante humilde em um canto costeiro dos Estados Unidos, um grupo de jovens discutia calorosamente sobre possíveis testemunhas da fera marinha, até que um velho obsoleto no canto escuro do lugar grunhe confusas palavras e só pode ser entendido que ele já tinha visto o Leviatã.
Se a intenção do velho de barba grande e grisalha era arrancar atenção dos rostos corados e vivos dos jovens americanos,de fato obteve êxito,e gravou em sua conquista um sinuoso sorriso de dentes amarelados.
Contou histórias inéditas e ainda mais mirabolantes sobre como escapou por fiapos de seu encontro com a entidade ,e acabou arrancados suspiros boquiabertos dos mais céticos rapazes.
Despediram-se do velho e prometeram voltar no dia seguinte para ouvirem mais.
Tarde da noite, as camas e cobertas já aquecem centenas de pessoas que tiveram dias carregados e atarefados, e os lampiões fazem suas vigílias reconfortantes nas ruas desertas.Todos os habitantes daquela cidades já se retiraram para descansar. Exceto um.
Uma figura curva e sombria se arrastando no meio da noite,se dirigia ao cais.
Estava chovendo, e os barulhos dos pingos chocando-se contra a capa de chuva da figura soavam auspiciosos e alertas.
Um barco foi ocupado na madrugada,e levava um viajante o levou através de algumas sombrias águas,até aportar em uma gruta,com bastante água.
Quando tirou sua capa de chuva, se mostrou o velho contador de histórias do restaurante.
Trazia consigo uma bode velho. Tirou uma marreta do interior do barco e fadou com um só golpe o destino cruel daquele bode velho.
Com o sangue desenhou formas distorcidas no chão e pôs um dos chifres quebrados no centro do desenho.
Não bastou um palpitar do coração,e das água negras da gruta emergiu um ser enorme, em forma de baleia,porém com graves ferimentos infeccionados e infestados de vermes que transbordavam sua pele úmida e pútrida, e nem pareciam incomodá-la...
O Leviatã era ainda mais horrendo que nas histórias,mas não por estar morto-vivo,mas por ser real.
E sua sede de morte seria brevemente saciada, pois um navio pesqueiro da madrugada partia rumo ao seu destino incerto.
E então a baleia mergulhou e sumiu no interior das águas umbrosas.
Essa lenda é o poderoso Leviatã.
O Leviatã ;dizem ser uma fera demoníaca em forma de baleia,que vira os navios e atrai os horrores do mar para perto dos que sobrevivem à queda, e persegue-os até não poderem mais nadar e se entregarem a uma morte agonizante.
No meio de uma dessas conversas animadas de um certo restaurante humilde em um canto costeiro dos Estados Unidos, um grupo de jovens discutia calorosamente sobre possíveis testemunhas da fera marinha, até que um velho obsoleto no canto escuro do lugar grunhe confusas palavras e só pode ser entendido que ele já tinha visto o Leviatã.
Se a intenção do velho de barba grande e grisalha era arrancar atenção dos rostos corados e vivos dos jovens americanos,de fato obteve êxito,e gravou em sua conquista um sinuoso sorriso de dentes amarelados.
Contou histórias inéditas e ainda mais mirabolantes sobre como escapou por fiapos de seu encontro com a entidade ,e acabou arrancados suspiros boquiabertos dos mais céticos rapazes.
Despediram-se do velho e prometeram voltar no dia seguinte para ouvirem mais.
Tarde da noite, as camas e cobertas já aquecem centenas de pessoas que tiveram dias carregados e atarefados, e os lampiões fazem suas vigílias reconfortantes nas ruas desertas.Todos os habitantes daquela cidades já se retiraram para descansar. Exceto um.
Uma figura curva e sombria se arrastando no meio da noite,se dirigia ao cais.
Estava chovendo, e os barulhos dos pingos chocando-se contra a capa de chuva da figura soavam auspiciosos e alertas.
Um barco foi ocupado na madrugada,e levava um viajante o levou através de algumas sombrias águas,até aportar em uma gruta,com bastante água.
Quando tirou sua capa de chuva, se mostrou o velho contador de histórias do restaurante.
Trazia consigo uma bode velho. Tirou uma marreta do interior do barco e fadou com um só golpe o destino cruel daquele bode velho.
Com o sangue desenhou formas distorcidas no chão e pôs um dos chifres quebrados no centro do desenho.
Não bastou um palpitar do coração,e das água negras da gruta emergiu um ser enorme, em forma de baleia,porém com graves ferimentos infeccionados e infestados de vermes que transbordavam sua pele úmida e pútrida, e nem pareciam incomodá-la...
O Leviatã era ainda mais horrendo que nas histórias,mas não por estar morto-vivo,mas por ser real.
E sua sede de morte seria brevemente saciada, pois um navio pesqueiro da madrugada partia rumo ao seu destino incerto.
E então a baleia mergulhou e sumiu no interior das águas umbrosas.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Pós-Vida.
"Esse silêncio é quase provocante...Ouço que chama por meu nome.
Minhas memórias estão fracamente vagas e sinto que os ares da mudança não sopram em harmonia.
Este lugar é extenso e vazio; caminho discretamente pela campina congelada, andando em círculos retos.
Só não sei como vim parar aqui.
Já ficou à noite por aqui, e com isso, apareceram vultos disforme de meus pesadelos. O tormento não chega a enlouquecer de vez, e seja como for, sinto-o aos poucos...
Fiz uma fogueira e sentei-me em um lugar qualquer que não consigo detalhar bem,pois o implacável manto do escuro cobre minha visão à frente e aos lados, e de que adiantar dizer que enxergo, se estou fadado às trevas ? Vou tentar dormir.
Acordo com os olhos pesados de tanto sono mal dormido devido ao terreno duro em que me acomodei. Parece que o dia amanhece sem sol por aqui, o que explicaria o frio e a luminosidade restrita.
Ando mais um pouco e sinto terrível fome, e quase como em resposta vejo uma árvore,com uma só maçã. Pego-a e quando dou a primeira voraz mordida, expurgo com violento nojo a fruta de minha boca; deveras justo,estava cheio de vermes. Mas o paladar não se engana como os olhos,e o sabor dos vermes parasitas é tão delicioso quanto a fruta, e então apanho-na do chão, e de joelhos mesmo devoro o repugnante banquete ,como um animal.
Mais alguns passos preguiçoso de caminhada e meus pensamento apertam-se em árdua luxúria. Me lembro de minha amada Vitória e pergunto os troncos das árvores o que acontecera com ela,ou sonhava que ela estava ali. E algo estava,mas não era ela. Era uma mulher grotescamente deformada, como a união fracassada de dezenas de partes humanas. Eu amei-a de vista.
Ela grunhia como um moribundo,e seu único olho sem pálpebras me fitava vagamente,e eu ia enlouquecendo de desejo viril pela criatura.Até que não resisti e fui a seu encontro,acariciei-a,afaguei como se fosse minha esposa.
Ah, minha belíssima esposa Vitória , meiga , estupendamente linda, com uma tez caramelada de dar inveja às mais abastadas Rainhas da Europa...E que dualidade,ver meu braço ser literalmente devorado pela fera que estava acariciando.
O sangue escorria quente e lento, e lá vinha a dor.
Que minha alma começava a sentir o efeitos do inferno, e a angústia de ver que só passara dois minutos no pior de todos os lugares, mas agora estava em casa,no chão.
Havia sangue por todo o chão e meu braço de fato fora arrancado.Estava sujo e arranhado,com um gosto de vermes na boca.
Vitória estava ajoelhada ao meu lado,horrorizada e em choque.
E este é uma pequena ponta do que me espera na morte."
Minhas memórias estão fracamente vagas e sinto que os ares da mudança não sopram em harmonia.
Este lugar é extenso e vazio; caminho discretamente pela campina congelada, andando em círculos retos.
Só não sei como vim parar aqui.
Já ficou à noite por aqui, e com isso, apareceram vultos disforme de meus pesadelos. O tormento não chega a enlouquecer de vez, e seja como for, sinto-o aos poucos...
Fiz uma fogueira e sentei-me em um lugar qualquer que não consigo detalhar bem,pois o implacável manto do escuro cobre minha visão à frente e aos lados, e de que adiantar dizer que enxergo, se estou fadado às trevas ? Vou tentar dormir.
Acordo com os olhos pesados de tanto sono mal dormido devido ao terreno duro em que me acomodei. Parece que o dia amanhece sem sol por aqui, o que explicaria o frio e a luminosidade restrita.
Ando mais um pouco e sinto terrível fome, e quase como em resposta vejo uma árvore,com uma só maçã. Pego-a e quando dou a primeira voraz mordida, expurgo com violento nojo a fruta de minha boca; deveras justo,estava cheio de vermes. Mas o paladar não se engana como os olhos,e o sabor dos vermes parasitas é tão delicioso quanto a fruta, e então apanho-na do chão, e de joelhos mesmo devoro o repugnante banquete ,como um animal.
Mais alguns passos preguiçoso de caminhada e meus pensamento apertam-se em árdua luxúria. Me lembro de minha amada Vitória e pergunto os troncos das árvores o que acontecera com ela,ou sonhava que ela estava ali. E algo estava,mas não era ela. Era uma mulher grotescamente deformada, como a união fracassada de dezenas de partes humanas. Eu amei-a de vista.
Ela grunhia como um moribundo,e seu único olho sem pálpebras me fitava vagamente,e eu ia enlouquecendo de desejo viril pela criatura.Até que não resisti e fui a seu encontro,acariciei-a,afaguei como se fosse minha esposa.
Ah, minha belíssima esposa Vitória , meiga , estupendamente linda, com uma tez caramelada de dar inveja às mais abastadas Rainhas da Europa...E que dualidade,ver meu braço ser literalmente devorado pela fera que estava acariciando.
O sangue escorria quente e lento, e lá vinha a dor.
Que minha alma começava a sentir o efeitos do inferno, e a angústia de ver que só passara dois minutos no pior de todos os lugares, mas agora estava em casa,no chão.
Havia sangue por todo o chão e meu braço de fato fora arrancado.Estava sujo e arranhado,com um gosto de vermes na boca.
Vitória estava ajoelhada ao meu lado,horrorizada e em choque.
E este é uma pequena ponta do que me espera na morte."
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Cães Do Inferno.
" Eu que tanto rezei para que o verão se mostrasse de vez, implacável e saborosamente quente; este mesmo eu já não suporta mais as gotas de chuva surrando a janela,e nela repousando esmagadas; escorrendo bem devagar.
Nenhum sinal de vida humana lá fora, mas ruas estão repletas de espectros silenciosos e invisíveis, sempre destacando-se um grupo pequeno, esperando alguma vítima, para cortá-la com uma espada de frio,envolvê-la em uma capa de medo e atingi-la com setas de desespero arisco e frenético .Trabalho este, um tanto fácil para os espectros de medo, visto que os tempos são de violência e ostracismo domiciliar, ninguém mais se cumprimenta,se abraça, ou até mesmo tem uma agradável troca de ideias pela manhã; só temos chuva, mortes e fantasmas.
Todas as noites,sento-me junto à janela e fico à espreita desses famigerados espectros, enquanto a chuva faz sua irritante e suave sinfonia. E foi em uma dessas noites, que vi os tais Cães Do Inferno ( passei a chamar assim os espectros, porque são três, como as cabeças do Cérbero ) atacando, um tal evento que é deveras raro de ser presenciado, pelo pequeno número de pessoas que saem à noite, com medo de ter medo.Sobre a cena que ocorreu, a visão inicialmente me chocou, pois eles não cercaram a vitima,como fazem usualmente, o que fizeram foi...
Bem, vou terminar por aqui, eles estão atrás de mim "
Esse diário foi achado junto ao corpo dilacerado da moça, e embaixo do relato estava escritos com seus sangue :
CURIOSA
Nenhum sinal de vida humana lá fora, mas ruas estão repletas de espectros silenciosos e invisíveis, sempre destacando-se um grupo pequeno, esperando alguma vítima, para cortá-la com uma espada de frio,envolvê-la em uma capa de medo e atingi-la com setas de desespero arisco e frenético .Trabalho este, um tanto fácil para os espectros de medo, visto que os tempos são de violência e ostracismo domiciliar, ninguém mais se cumprimenta,se abraça, ou até mesmo tem uma agradável troca de ideias pela manhã; só temos chuva, mortes e fantasmas.
Todas as noites,sento-me junto à janela e fico à espreita desses famigerados espectros, enquanto a chuva faz sua irritante e suave sinfonia. E foi em uma dessas noites, que vi os tais Cães Do Inferno ( passei a chamar assim os espectros, porque são três, como as cabeças do Cérbero ) atacando, um tal evento que é deveras raro de ser presenciado, pelo pequeno número de pessoas que saem à noite, com medo de ter medo.Sobre a cena que ocorreu, a visão inicialmente me chocou, pois eles não cercaram a vitima,como fazem usualmente, o que fizeram foi...
Bem, vou terminar por aqui, eles estão atrás de mim "
Esse diário foi achado junto ao corpo dilacerado da moça, e embaixo do relato estava escritos com seus sangue :
CURIOSA
Assinar:
Postagens (Atom)