"Abandonado.
Assim se sente quem acorda em meio ao vazio profundo das brumas do coração.
Olha para os dois lados e só defronta teus fantasmas de decepção.
Ergue a espada e agita contra o vento imortal.
Brada sem sentido.
Caminha durante dias nos pântanos de amargura súbita.
Chega a um pasto Perene, aonde vês uma árvore ainda frutífera,e crianças ainda brincando com sua inocência.
De imediato a cabeça arde e, quando se depara com a visão aterradora da paisagem : O campo destruído e vozes que cochicham e riem em coro perverso, enquanto roça teu braço no corpo de uma criança jaz apodrecida e de corpo desfigurado por ação de Cronos.
Chora.
Se lamenta por ser impotente diante de sua carne.
E a alma se deteriora lentamente enquanto os cães de seu tormento circulam seu amor já dominado pelo medo e pela psicose...A doce defesa da mente.
Então a morte caminha devagar, aproxima dos olhos vazios e vê a chama que por muito foi ignorada pelo desejo humano.
Desde já a vida tem um sentido...
...E esperança.
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